O corpo do histórico dirigente palestino Yasser Arafat, que morreu em 2004, foi exumado nesta terça-feira (27). Oito anos após sua morte, seus restos mortais foram desenterrados em Ramallah, na Cisjordânia, para realização de análises de um suposto envenenamento do qual ele teria sido alvo.
Arafat morreu há oito anos oficialmente de falência múltipla dos órgãos.
As suspeitas de envenenamento surgiram depois que um instituto suíço e jornalistas da rede AL Jazeera descobriram que havia material radioativo nas roupas do ex-dirigente.
Os restos mortais de Arafat foram exumados na presença de investigadores franceses e especialistas russos e suíços. “Especialistas coletarão amostras e tudo será feito em algumas horas”, anunciou o presidente da comissão de investigação palestina, Taufiq Tiraui, em Ramallah.
“Devemos respeitar quem é um símbolo para o povo palestino e para o mundo inteiro. Como patriotas palestinos, estamos convencidos de que os israelenses assassinaram o presidente Arafat e como comissão de investigação, temos indícios que apontam neste sentido”, afirmou Tiraui.
Arafat morreu aos 75 anos em 11 de novembro de 2004, em um hospital militar próximo a Paris. A causa da morte não foi esclarecida.
Suspeitas de envenenamento ganharam força após a divulgação em julho de um documentário da rede de televisão árabe Al Jazeera, que revelava a presença de quantidades anormais de polônio, uma substância radioativa altamente tóxica, em mostras biológicas extraídas dos objetos de uso pessoal do falecido líder. Na ocasião, sua viúva, Suha, apresentou uma denúncia na França por assassinato.
A escavação para a abertura da tumba começou em meados de novembro.
Depois que as análises forem feitas o corpo dele será novamente enterrado com honras militares.
Lona erguida em torno do mausoléu do ex-presidente palestino, Yasser Arafat, na cidade de Ramallah. (Foto: Abbas Momani / AFP Photo)