A agência espacial americana (Nasa) vai fazer uma atualização do software do robô Curiosity em Marte nos próximos quatro dias.
Esse “transplante de cérebro” servirá para que o jipe, que está no planeta vermelho desde o dia 6 de agosto, possa andar melhor pelo terreno rochoso e comece a usar o laboratório de geoquímica em seu interior, capaz de analisar as amostras recolhidas do solo.
Até então, o Curiosity ainda estava no chamado modo de voo, e agora será preparado para as novas etapas da missão, que deve durar pelo menos dois anos e se concentrará na busca por indícios favoráveis à vida.
Na sexta-feira, os engenheiros da Nasa disseram que o robô de R$ 5 bilhões acabou pousando quase 2,5 km além do local previsto, mas ainda dentro da Cratera Gale, ao sul do equador marciano. A viagem a partir da Terra durou oito meses e percorreu 566 milhões de quilômetros
Uma câmera que fica no mastro do veículo, chamada Mastcam (de 34 milímetros), registrou mais imagens em alta resolução (1.200 x 1.200 pixels) de Marte, em que é possível ver com clareza o terreno árido e pedregoso, a Cratera Gale e montanhas ao fundo, como o Monte Sharp, de 5,5 km de altura. Os cientistas compararam o lugar com o deserto de Mojave, no Arizona, EUA.
Uma das paredes da cratera – estudada desde o início da década de 1970 – fica ao norte do local de aterrissagem do Curiosity. Esse enorme buraco, do tamanho dos estados americanos de Connecticut e Rhode Island juntos, abriga um vale onde os astrônomos acreditam que no passado havia um sistema fluvial, como um rio ou riacho.