Em 1972, missão Apollo 17 observou fenômeno antes de nascer do Sol.
Ocorrência é misteriosa porque satélite não tem atmosfera para refletir luz.
Mais de 40 anos após a última visita de astronautas da missão Apollo à Lua, a agência espacial americana (Nasa) prepara o lançamento de uma pequena nave robótica para investigar uma das mais bizarras descobertas desses exploradores.
Na época, em 1972, a tripulação relatou ter visto um “brilho estranho” no horizonte lunar logo antes do nascer do Sol. O fenômeno, esboçado em um caderno por Eugene Cernan, comandante da Apollo 17, era inesperado, já que a Lua não tem uma atmosfera que possa refletir a luz do Sol.
Os cientistas começaram, então, a suspeitar que a poeira da superfície lunar estivesse eletricamente carregada e, por algum motivo, se erguesse do chão, teoria que será testada pelo Experimento de Atmosfera e Poeira Lunar (Ladee, na sigla em inglês).
O lançamento da sonda está programado para as 23h27 desta sexta-feira (6), ou 0h27 deste sábado (7) pelo horário de Brasília, numa instalação da Nasa na Ilha Wallops, no estado da Virgínia.
A nave vai estudar, além da poeira, o “envelope” gasoso em torno da Lua, tão fino que parece exagero chamá-lo de “atmosfera” – os cientistas usam o termo exosfera. Os cientistas acreditam que algumas dessas descobertas poderão explicar também os ambientes de Mercúrio, dos asteroides e de outros corpos celestes.