Grand Canyon e Estátua da Liberdade reabrem apesar da crise.

Nova York vai financiar a abertura da Estátua da Liberdade por 6 dias.
Já o Arizona e a Califórnia manterão o Grand Canyon e Yosemite.

Emblemáticos parques e monumentos dos Estados Unidos, entre eles o Grand Canyon e a Estátua da Liberdade, reabrirão as portas temporariamente, após um fechamento de 11 dias devido à suspensão parcial do financiamento dos serviços públicos no país – informou o governo nesta sexta-feira.

Estátua da Liberdade, já aberta para visitação, nesta quinta-feira, 4 de julho (Foto: AFP)
Estátua da Liberdade, que teve a visitação suspensa,
será reaberta em Nova York. (Foto: AFP)

O Serviço Nacional de Parques americano anunciou a reabertura da Estátua da Liberdade, em New York: do parque nacional das Montanhas Rochosas, no Colorado (oeste); do Grand Canyon, no Arizona (sudoeste); e de mais oito parques naturais do estado de Utah (oeste).

Os estados, onde essas atrações turísticas estão localizadas, aceitaram doar o dinheiro necessário para o funcionamento por um período de seis a dez dias – de acordo com nota divulgada pelo serviço de parques.

Devido à falta de acordo sobre o orçamento no Congresso, o Departamento do Interior foi forçado a fechar todos os parques nacionais (financiados com recursos federais) em 1º de outubro e colocar cerca de 20 mil funcionários públicos de férias não remuneradas.

A paralisia dos serviços federais, incluindo mais de 400 atrações, significou a perda de US$ 152 milhões por dia em atividades turísticas, segundo a Associação de Agentes de Viagens.

Nova York concordou em financiar o funcionamento da Estátua da Liberdade por seis dias – até 17 de outubro -, doando US$ 369,3 mil para mantê-la aberta aos visitantes.

‘Essa é uma solução prática e temporária que reduzirá o prejuízo para alguns negócios e comunidades nova-iorquinas durante o bloqueio’, afirmou a secretária do Interior, Sally Jewell.

O Grand Canyon é um dos símbolos naturais dos Estados Unidos. (Foto: Jorge Pontual, Globo News)
O Grand Canyon é um dos símbolos naturais dos Estados Unidos. (Foto: Jorge Pontual, Globo News)

O Arizona também se ofereceu para financiar o Grand Canyon, que recebe a visita de milhões de turistas todos os anos. O parque volta a funcionar a partir deste sábado, por um período de sete dias, ao custo de US$ 651 mil para os cofres estaduais.

‘Esse acordo nos permite ganhar um pouco de tempo e recuperar alguma receita perdida no estado’, disse a governadora do Arizona, Jan Brewer, em um comunicado.

O Parque Nacional das Montanhas Rochosas, no Colorado, receberá US$ 362,7 mil para funcionar por dez dias, enquanto parques e monumentos de Utah ficarão abertos por esse mesmo intervalo ao custo de US$ 1,666 milhão. Entre os parques reabertos, estão o Arches, Bryce Canyon e Canyonlands, disse à AFP um porta-voz do governador de Utah, Gary Herbert.

Já o estado da Califórnia, sede de Yosemite – um dos monumentos naturais mais espetaculares do país – anunciou que não pode se dar ao luxo de pagar por seus parques nacionais.

‘Embora nosso orçamento estadual esteja equilibrado, é um equilíbrio mínimo, com uma margem muito apertada’, justificou o porta-voz do Departamento de Finanças da Califórnia, H.D. Palmer, em entrevista ao jornal local ‘San Francisco Chronicle’.

Esses financiamentos estaduais são, por lei, considerados doações, e não empréstimos. Seria necessário que o Congresso promulgasse uma nova legislação para autorizar alguma forma de reembolso para os estados.